Procissão de Sexta-Feira Santa

A Procissão de Sexta-feira Santa era uma das funções religiosas mais relevantes no contexto da Semana Santa, contando com a participação de um grande número de irmãos. Ignoramos qual o percurso seguido (provavelmente, o mesmo da Procissão dos Santos Passos). Quanto à sua estrutura, sob o ponto de social, possuímos indicações parcelares que nos possibilitam estabelecer um paralelo com a dos Santos Passos: o Pendão devia ser levado por um irmão nobre; a Cruz do Triunfo, pelo capelão da Semana; a Bandeira da Irmandade, competia ao provedor do ano anterior; o andor do Senhor do Túmulo, pelos quatro capelães da Santa Casa; o pálio, pelos mesmos dos Santos Passos, dois sacerdotes e dois provedores ou dois secretários anteriores; o andor de Nossa Senhora das Dores, por quatro irmãos nobres; e as lanternas e as tochas, por dois nobres e dois irmãos mesteres.

Como peças fundamentais no sistema organizativo processional temos os Profetas, o Túmulo (Esquife ou Féretro), o andor de Nossa Senhora e, o pálio, este, sempre referido.

A procissão de Sexta-feira Santa, realizada no ano 1902, dá-nos uma das relações mais completas da ordenação dos martírios que saíam incorporados no esquema processional: depois da matraca, do pendão e da bandeira da irmandade, seguiam-se: mão com a bolsa, cordas de esparto, espada, mão com a luva, galo, disciplinas, túnica, dados, martelo, cana verde, esponja, lança, picareta, tenaz, cravos, urnas, coroa de espinhos, cálice, dístico JNRJ, escadas. Eram ainda incorporados as três Marias de Sião, quatro profetas, Madalena, São João, Anjo, Féretro do Senhor, pálio e o andor de Nossa Senhora.

 

 

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